Noites mal dormidas, alimentação inadequada e exposição excessiva ao sol são alguns dos fatores que contribuem para o envelhecimento precoce da pele de qualquer pessoa, favorecendo um aspecto de cansaço e descuido.
Envelhecer é um processo natural e inevitável que acontece com ambos os sexos. Normalmente, é por volta 30 anos que os primeiros sinais do tempo são refletidos na pele. Rugas, linhas de expressão, alterações na pigmentação da pele, perda de colágeno e o ressecamento da cútis são algumas das alterações que começam a aparecer nesta fase da vida, além disso a raiz do cabelo e a pele podem ficar oleosos por influência hormonal.
Mas, a pele precisa ter diferentes tipos de cuidado, de acordo com a idade. A Dra. Daniela Schmidt Pimentel, dermatologista, dá algumas dicas o que deve ser feito em diferentes faixas etárias.
“De uma maneira geral, antes dos 25 anos, considerando que o indivíduo não tem nenhuma doença cutânea, a orientação é a higienização com produtos adequados para o tipo de pele (seca, mista, oleosa), uso frequente de filtro solar com FPS 30, no mínimo, e de antioxidantes, como vitamina C.”, explica a Dra. Daniela e ressalta a importância de lembrar que o pescoço, colo e dorso das mãos durante os cuidados.
A partir dos 25 anos, a produção de colágeno pode diminuir e, por isso, é indicado iniciar um tratamento com produtos que tenham como função estimular a produção desta proteína, como os retinóides e alfa-hidroxiácidos. Existem também itens específicos para área dos olhos, com antioxidantes, hidratantes e princípios ativos para melhorar a aparência das olheiras, que também vai variar de indivíduo para indivíduo, considerando estilo de vida e antecedentes pessoais e/ou familiares.
Ao chegar aos 30 anos, deve ser levada em consideração a condição própria de cada paciente. “Os hormônios podem refletir muito nas características da pele, muitas vezes deixando a raiz do cabelo oleosa, portanto devemos ajustar os produtos para melhorar esta condição e investigar sistemicamente o paciente com uma boa anamnese, exame físico e exames laboratoriais, pois muitas vezes pode existir a necessidade de tratamento medicamentoso.”, diz a dermatologista. Nesta fase da vida também é comum a aparição da doença de pele chamada Melasma, que deve ser avaliada quando à sua origem e intensidade para indicar o tratamento adequado.
Quanto mais o tempo passa, mais o paciente mostra a influência dos fatores externos na pele, já que os efeitos nocivos do sol, tabagismo, stress, vão se acumulando e se tornando mais evidentes, e a partir dos 35-40 anos eles se tornam mais visíveis, como flacidez, rugas finas, manchas, além dos sinais de envelhecimentos da própria idade, como perda de volumes da face, aparecimento de sulcos e rugas maiores e rugas de expressão. E assim, cada vez mais o tratamento vai sendo individualizado, visando as necessidades de cada um.
Por volta dos 50 anos, novamente existe forte influência hormonal com o climatérico, e mais uma vez a resposta de cada pessoa é diferente, mas no geral a pele fica mais desidratada e devemos ajustar o tratamento tópico de acordo com a necessidade de cada um.
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